Texto feito para o projeto na faculdade:

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O conceito do Brisa Café está intimamente ligado ao seu nome e forma, que buscou sair da monotonia das linhas verticais construtivas para trazer formas diferenciadas para a arquitetura local, mas as mesmas formas tão comuns para os sentidos humanos. Como o próprio nome diz, o conceito está ligado à brisa do café, aquela brisa que logo desperta o desejo de se tomar uma xícara quente seja pela manhã, tarde ou noite. Assim como o café, sua brisa é capaz de envolver todos os sentidos e dar mais movimento ativo à vida, assim como é a intenção do Brisa Café com suas formas para envolver os sentidos das pessoas, seja pelo conforto e ambientação de seu interior, seja pelo movimento visual na parte externa ou por quem simplesmente lhe passar os olhos dentro dos carros que ali trafegam todo o dia.

O Brisa Café foi projetado para todos os tipos de pessoas que são capazes ou desejam despertar seus sentidos através da arquitetura, sentindo uma brisa leve em meio ao caos urbano acompanhado de um bom café.

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O projeto do Brisa Café prioriza sua forma orgânica que, além de dar forma e enriquecer visualmente a Praça do Riachuelo com seu principal material, o bambu como vedação, e que também integra muito bem o seu conceito: um café diferenciado no centro da cidade, próximo à universidades e prédios comerciais, roubando a atenção na Avenida dos Andradas devido ao seu movimento, ritmo  e projeto luminotécnico contemporâneo.

Sua forma muito lembra a letra S sendo contorcida em seu elemento estruturador da forma, que hora é uma das "paredes-cobertura" em seu interior e se contorcendo como uma onda do mar, que passa a ser também o piso em bambu até o final do deck, se dissolvendo na vista ao final com o espaçamento entre os bambus sendo ampliado. O invólucro  de bambus não toca o solo, é suspenso por parte da estrutura em aço que, a nível um pouco abaixo do piso (onde foi colocado brita como base), cria-se uma abertura para entrada de ar e escoamento da água da chuva.

Outro elemento também marcante na fachada do Brisa Café é o prisma de base retangular configurando também a estrutura da área de serviço dentro do café, sendo a parte mais alta do projeto e ali, na verdade, ser um teto jardim que se abre para a primeira árvore já existente na praça, causando a impressão que a árvore está adentrando o Café.

Este mesmo elemento retangular, visivelmente destacado exteriormente, cria o espaço de atendimento centralizado (balcão) no interior do café. Dessa forma, o fluxo de pessoas dentro da parte coberta situa-se em seu entorno.

A estrutura é composta pelos seguintes elementos, respectivamente nessa ordem: uma camada externa de bambus, painéis de acetato para desviar a chuva, sendo parafusados na estrutura em aço logo atrás, onde é disposta também quase toda a iluminação e por fim, nova camada de bambus no fechamento interior. Dessa forma, cria-se a iluminação: tanto externa, quanto interna do café, sendo parte da unidade estrutural.

O piso é de madeira negra em sua maior parte, menos no deck de bambu.

Dessa forma consegue-se uma estrutura leve, econômica em materiais e sustentável no uso do aço e do bambu regional.

Saindo da parte coberta do café há 2 áreas externas, ambas saídas/entradas em vidro para privilegiar a vista longitudinal do Café, fazendo com que as extremidades possam ser vistas de ambos os lados. Uma extremidade é mais larga, onde deixou-se apenas a predominância da árvore local com poucas mesas ao redor, e do outro lado seguindo a forma da praça estreitando-se até o deck de bambu.